Sessão educativa do filme “A Família Dionti” reúne 130 professores e estudantes de 11 escolas da Região

Em uma ação do Projeto Escola Animada – Edição Fazer Filmes, foi realizada no dia 15, a exibição do longa-metragem A FAMILIA DIONTI, com participação de estudantes e professores de 11 escolas de 6 cidades da Zona da Mata. Em seguida, um animado debate com  o diretor Alan Minas, a produtora Daniela Vitorino, os atores Anna Luiza Marques, Murilo Quirino e Bernardo Lucindo.

Cerca de 100 estudantes saem de suas cidades em caravana, muitos deles viajando sem os pais pela primeira vez, e acompanhados de seus professores e/ou diretores chegam a Cataguases para participar de uma experiência tão instigante quanto inovadora: assistir ao filme “A Família Dionti”, debater com os realizadores, atores e outros profissionais do audiovisual e recolherem elementos para criarem seus próprios filmes, inspirados na temática e linguagem do longa.

Essa é uma ação de Educação Audiovisual do Projeto Escola Animada, que prevê a criação e produção colaborativa de dez curtas-metragens inspirados no longa “A Família Dionti”, em um processo que tem o acompanhamento de experientes profissionais do audiovisual e conta com a participação de 130 estudantes e professores de 11 escolas da Região, das cidades de Cataguases, Leopoldina, Muriaé, visconde de Rio Branco, Juiz de Fora e Além Paraíba.

Após a exibição do filme, eles participaram  do debate com o diretor e roteirista Alan Minas, a produtora Daniela Vitorino, e os atores Anna Luiza Marques, Murilo Quirino e Bernardo Lucindo.

“É estranho chegar em um lugar, filmar, extrair tudo que interessa e depois ir embora. Para mim, não pode ser assim, criei uma relação afetiva com as pessoas e o lugar, por isso, para nós, é uma alegria enorme poder participar dessa experiência”, disse Alan Minas. “O filme todo é uma equação, com algumas incógnitas, acho que cada um pode pegar a sua chave e entrar ali, fazer sua própria interpretação e sua própria história. Isso é fazer cinema juntos, nós vamos fazer cinema juntos”. Para Daniela Vitorino, “cada personagem é a ponta de um iceberg, se puxamos essa ponta, emergem muitas outras histórias”.

Murilo Quirino tinha 14 anos quando participou das filmagens: “Para viver o personagem, tive de experimentar sentimentos que nunca vivi, a experiência de um amor, a perda da mãe,  a relação com o irmão. Tudo isso ficou mais fácil porque a gente criou uma família dentro do set, a boa convivência com a equipe toda ajudou muito”. Anna Luiza diz que essa foi a melhor experiência de sua vida: “Tive sorte de trabalhar com um amigo de infância, um vizinho, e o Alan, que foi um pai para nós”. “No set aprendi a ter responsabilidade, ter disciplina, isso me fez aprender muito, uma aprendizagem que vou levar para a vida toda”, diz Bernardo Lucindo.

Participaram do bate papo, Monica Botelho, diretora da Agência do Polo Audiovisual, Cesar Piva, também do Polo Audiovisual, Eduardo Mantovani, presidente da Energisa, Raul Demolinari e Daniele Pedrosa, ambos da Companhia Brasileira de Alumínio – CBA,  Vitor Drumond e Mariana Elian, da produtora de conteúdos audiovisuais Cocriativa, que irão coordenar a produção dos curtas.

Estavam também presentes, os integrantes da equipe Escola Animada, com destaque para Luiz Leitão e João Pontes, coordenadores da Etapa Ver e Fazer Filmes e responsáveis pela mobilização, articulação e organização dos coletivos de estudantes e jovens.

“Percorremos uns 4 mil quilômetros na Região conversando com jovens e educadores da rede pública para montagem desses 11 núcleos de produção audiovisual, além da instalação dos Cineclubes. Tem sido um momento muito rico de criatividade, de conhecimento, de atualização desses verdadeiros universos que compõem essa nova geração. Trabalhar com cinema, educação e organização juvenil, é um privilégio, em especial com a presença e apoio constante de Luiz Leitão, Iano Oliveira e toda equipe do Projeto”, diz João Pontes.

Fotos: Pamela Ferrer

Texto: Beth Sanna