Na noite do dia 20, foi exibida pela primeira vez em Cataguases, o longa-metragem “Correndo Atrás”, do diretor paulistano Jeferson De , inspirado no livro “Vai na bola, Glanderson” do humorista Hélio de la Peña, com produção de Célia Bessa. 

Rodado em Muriaé em 2016, com muitas locações no centro da cidade, o longa mobilizou um grande número de produtores, artistas, técnicos, prestadores de serviço e fornecedores locais. Só na figuração foram 300 pessoas, o que gerou uma intensa troca entre a população local, que foi especialmente acolhedora e colaborativa, e a equipe do longa-metragem,  que esbanjou simpatia e carisma, conversando com todos e fazendo fotos com fãs nos intervalos das gravações. O humorista Hélio de La Peña fez uma postagem em seu BLOG agradecendo aos muriaenses pela calorosa recepção.

 

 

A estreia mundial de “Correndo Atrás” foi no FestivalPan African Film Festival, em Los Angeles,  a maior e mais prestigiada mostra de arte e de cinema negro das Américas. Exibido com sucesso em outros festivais internacionais, a comédia tem o diferencial de levar à tela, pela primeira vez no cinema nacional, elenco e equipe técnica quase todo formado por afrodescendentes, a começar do diretor Jeferson De. E Aílton Graça, ator com carreira consagrada no Cinema e na TV, encontra em “Correndo Atrás” a oportunidade de fazer seu primeiro papel como protagonista.

O longa foi também destaque em outros festivais internacionais, como o Regal South Beach, de Miami, e o Cinéma Du Parc Montreal, em Quebec.

O elenco traz outros grandes nomes: Juan Paiva, Juliana Alves, Lázaro Ramos, Lellezinha, Tonico PereiraDada Coelho, Roco Pitanga, Teka Romualdo, entre outros. O longa chega aos cinemas em 2019, mas já tem exibição garantida em Muriaé.

 

 

Na noite de 20 de outubro, no auditório do Centro Cultural Humberto Mauro, os produtores Fernando Paixão e  Adílio Silva  participaram das filmagens e contaram um pouco de sua experiência.

Fernando Paixão teve em “Correndo Atrás” sua segunda participação em uma produção cinematográfica realizada em Muriaé. “Eu já havia feito a produção de Quase Samba, de Ricardo Targino, rodado em 2012. Como ambos eram passados no tempo atual, em área urbana e periférica, eu já havia mapeado algumas possibilidades como locações.  Para o longa de Jeferson procurei fachadas de lojas, mercados, vendas e bares,. Uma das locações mais importantes que consegui foi a barbearia, que fica embaixo da minha casa. À princípio os vizinhos não queriam por causa do transtorno, mas fiz um trabalho de convencimento e deu tudo certo.  O destaque nesse filme foi a participação de mais de 600 figurantes locais, mobilizando bastante a população local”.

Adílio Silva também já tinha participado na produção do curta “Rainha”, da diretora carioca Sabrina Fidalgo, em 2016. “Eu já fui morador de rua por força do destino, mas quando trabalhava na ONG Identidade das Ruas, divulgando a cultura hip hop, demos apoio a essa produção,  emprestando figurinos e instrumentos, indicando locações e cedendo espaço para a  base de produção. Com a participação na produção de  “Correndo Atrás” dei mais uns passos adiante, sinto que estou me enriquecendo culturalmente e que sou um vitorioso por ter chegado aqui”.

“Correndo Atrás”: veja making of

 

 

 

 

 

 

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