A estação chegou com muita animação na Rede Cineclube Escola Animada na Zona da Mata mineira, onde integrantes dos coletivos de 23 cineclubes participaram de oficinas para criação de vinhetas animadas. Uma integrada a 6ª edição do Festival Ver e Fazer Filmes, que acontece em outubro, em Cataguases, onde coletivos de estudantes e professores participam do Cine Escola Animada, formando o Júri especial para eleger o Melhor Filme da Mostra Infanto-juvenil do Festival.

As oficinas foram coordenadas pela animadora Mírian Rolim, formada em Cinema de Animação pela UFMG, que desde 2013 integra a equipe de mediadores do projeto Escola Animada. Nessa tarefa, ela contou com o apoio de dois féis escudeiros: Juliano Braz e Fernando Paixão, técnico e produtor audiovisual respectivamente, ambos com experiência em diversas produções cinematográficas realizadas no âmbito do Polo Audiovisual.

Em uma primeira etapa, a equipe do projeto enviou para os coletivos dos cineclubes participantes um DVD com duas seleções de filmes de diferentes épocas, países e técnicas de animação. Após verem os filmes enviados, foi estimulada uma reflexão sobre a identidade de cada cineclube: marcas, características da cidade, do bairro e da escola, materiais locais, técnicas e possibilidades de animações que vão além do desenho animado. Essa etapa foi toda monitorada e mobilizada à distância por meio do uso de aplicativo de comunicação por celular.

Já na segunda etapa foram realizadas 23 oficinas presenciais, dividida em dois momentos. No primeiro momento, foi apresentada uma breve história da animação e sua importância no contexto do audiovisual e exemplos de vinhetas de cineclubes. No segundo momento, os estudantes deram sugestões para o roteiro, elegeram o roteiro que achavam mais interessantes, e o tipo de material a ser animado – areia, pedra, pipoca, papel, pó de café, etc, para produção de vinhetas de animação de até 30 segundos.

Mírian Rolim fala da experiência: “Sempre que apresento a animação para pessoas que não tem contato com a técnica, busco a ludicidade e afetividade que a animação nos traz. Como se trata de algo técnico e quase matemático, acho importante manter, no primeiro momento, a mesma alegria que sentimos ao lembrarmos de um desenho animado que assistimos na infância. Na hora do fazer, isso é muito importante para não quebrar a magia.”

“Como os cineclubes estão instalados em diferentes cidades da Região, a diversidade cultural de cada localidade se refletiu na criação das vinhetas. Há uma variação enorme no perfil dos Cineclubes, tanto na gestão e participação, no espaço de cada cineclube, no tipo de curadoria, no perfil dos estudantes, professores e gestores das escolas. Isso foi o mais bacana: a diversidade dos coletivos e de cada escola se expressou na criação, tornando a experiência mais rica e interessante”, comenta Juliano Braz.

Fernando Paixão conta como foi essa maratona de animação: “nós mobilização mais de 300 participantes, dentre estudantes e professores. Percorremos cerca de 1.600 quilômetros, uma vez que os 23 cineclubes estão instalados em escolas e centros culturais de 12 cidades ou distritos rurais da região. Produzimos mais de 350 fotos de registro das oficinas, além de 8000 fotos para produzir as animações. Foi um trabalho intenso, mas muito prazeroso!”.

As oficinas integram a Residência Criativa de Animação do projeto ESTÚDIO ESCOLA FÁBRICA DO FUTURO, realizado pelo Instituto Fábrica do Futuro, com o patrocínio da ENERGISA por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Minas Gerais.

A residência criativa foi realizada com os coletivos participantes da Rede Cineclube Escola Animada, projeto patrocinado pela Companhia Brasileira de Alumínio, contando ainda com o apoio de Prefeituras Municipais e das Superintendências Regionais de Ensino da região e a parceria da Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais.

Clique aqui para assistir as vinhetas.

 

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