Na Etapa Fazer Filmes, no dia 23 de novembro, o Festival realiza a primeira exibição dos filmes produzidos no âmbito do 4º Edital Usina Criativa de Cinema, iniciativa de fomento à produção audiovisual destinada a realizadores locais.

A Chamada Pública abrange 65 cidades e distritos da região do Polo Audiovisual da Zona da Mata. Uma comissão de jurados formado por profissionais do setor seleciona 4 projetos de curtas-metragens inéditos e originais que recebem 30.000 reais – cada um – para produção do seu filme, além de consultorias em diversas áreas técnicas. Um quinto filme será realizado na categoria Diretor Convidado.

Em cada edição, o Festival mobiliza mais de 250 profissionais locais engajados em diversas áreas de produção audiovisual, cumprindo a missão de promover qualificação profissional para empreendedores criativos da Região.

Na sessão de lançamento os filmes concorrem em 10 categorias de premiação pelo Júri Técnico e escolha do melhor filme pelo Júri Popular.

ATÉ AONDE A VISTA ALCANÇA

Documentário, 15 minutos, Visconde do Rio Branco (MG) - 2019

Jader Barreto Lima da Silva

“Até Aonde a Vista Alcança” é um documentário, narrado a partir do ponto de vista de um neto que acompanha os desafios de sua avó em manter-se viva aos seus 103 anos. Dona Maria é escritora e traduz em suas crônicas episódios do cotidiano rio-branquense. No entanto, por questões de saúde, não consegue mais escrever. O neto que sempre ouviu muitas de suas histórias, empresta sua mão para que a avó escreva talvez sua última crônica.

BANZO

Documentário, 15 minutos, Leopoldina (MG) - 2019

Monique Rangel

Macumba vem do quicongo kumba que significa “feiticeiro”, mas também “encantadores das palavras”, “poetas”. Por mais de meio século, Maria da Paixão foi rainha de um centro de umbanda onde se encantaram corpos – muitos hoje convertidos às religiões neopentecostais – e narrativas que ainda se cruzam na cidade de Leopoldina, na zona da mata mineira. O documentário Banzo acompanha a bisneta mais velha de Maria no resgate das memórias e encantamentos de um espaço que já foi um dos mais movimentados centros da região, mas hoje serve como depósito de santos que acumulam poeira e se desfazem com a ação do tempo.

LUIZ VAI BUSCAR PÃO (OU A INVENÇÃO DO PANETONE)

Ficção, 15 minutos, Cataguases (MG) - 2019

Bruna Schelb Correa

Morador da cidade de Santana de Cataguases, Luiz é um menino de sete anos, franzino, curioso e peralta. Trata os adultos ao seu redor com bastante respeito, mas tem muito apreço por suas travessuras inofensivas. Em um dia como outro qualquer Luiz acorda cedo e vai até a padaria buscar pão para o café. Lá, encontra o padeiro, um amigo improvável que lhe conta causos enquanto sova as massas. Luiz pede a ele que conte mais uma vez uma história que ele já conhece, chamada pelo padeiro de “A invenção do panetone”.

NATUREZA MORTA

Ficção, 15 minutos, Cataguases (MG) - 2019

Clarissa Ramalho - Diretora Convidada

Costurando os gêneros suspense, terror psicológico e drama, o filme conta a história de uma relação obsessiva e passional com consequências trágicas. A narrativa é não linear, confundindo o espectador e o fazendo questionar o tempo todo quem são os vilões e vítimas da história, o que mantem o suspense até o último momento.

teAR

Experimental, 15 minutos, Cataguases (MG) - 2019

Pedro Marcos de Oliveira

"TeAR" pretende revelar ao espectador o processo que inaugura uma instalação artística, arquitetônica e performática realizada no monumento “As Fiandeiras” construído em meados do século XX em homenagem ao industrial José Inácio Peixoto, com arquitetura de Francisco Bolonha, painel de azulejos desenhado por Cândido Portinari e executado por Américo Braga, e escultura “A família” de Bruno Giorgi. A intervenção artística documentada nesta obra audiovisual tem como objetivo apropriar-se desse objeto arquitetônico através da música e da performance, ao mesmo tempo em que narra alguns pontos centrais do processo de tombamento realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e que talvez nunca tenha alcançado amplamente a sua compreensão pela população. Entre outras técnicas de abordagem e dispositivos, a intervenção se faz a partir de um convite de interação do público com a obra, provocando uma transformação no espectador, dado que a obra só acontece com sua participação, procurando despertar a seguinte reflexão: como desejamos tecer o fio de nossas vidas?
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