Sessão Usina Criativa de Cinema

 

Talentos regionais da animação também estarão na tela do Festival Ver e Fazer Filmes. Para sábado, 6 de julho, está programada a Sessão Usina Criativa de Cinema, com exibição de oito curtas no Centro Cultural Humberto Mauro, às 19h. As obras foram produzidas com recursos do Edital Usina Criativa de Cinema, um incentivo para talentos do audiovisual, residentes na área de atuação do Polo Audiovisual da Zona da Mata. Dos oito filmes, quatro são curtas de até cinco minutos e quatro são micro-narrativas de até um minuto. Após a sessão, a organização convidará os presentes a votarem no melhor curta e na melhor micro-narrativa. Um júri técnico também concederá a premiação em oito categorias:

Melhor Filme – Curta; Melhor Filme – Micro-Narrativa; Melhor Direção; Melhor Roteiro; Melhor Fotografia; Melhor Montagem; Melhor Desenho de Som; Melhor Direção de Arte.

Aventuras na Pastelaria

Sinopse Em uma pastelaria animada, os salgados ganham vida e formam uma comunidade saborosa. O pãozinho recheado é o padeiro amigável, as coxinhas são as detetives intrépidas, e a empada é a sábia conselheira. Juntos, enfrentam desafios culinários e descobrem o verdadeiro significado da amizade enquanto temperam a vida com humor e camaradagem.

Beto

Sinopse O pequeno Alberto se vê atormentado pelas sombras dos animais que cruzam os fios elétricos próximos à sua casa. Sua imaginação fértil cria teorias mirabolantes sobre possíveis monstros que habitam o exterior da residência. Enquanto isso, seu irmão mais velho, Eduardo, enfrenta os desafios típicos da adolescência, como espinhas e sua devoção ao Operário Futebol Clube de Cataguases.

Cine Quatro

SINOPSE Leo é um garoto de 11 anos que mora numa cidade do interior. Ele ama ver filmes e sonha em morar em uma cidade com cinema. Um dia ele escuta as histórias de seus familiares da época em que a sala de cinema da cidade ainda existia. Indignado com o fechamento das salas na sua cidade, ele resolve mudar essa situação. Com ajuda da sua cachorrinha, seus amigos, uma caixa de sapato, e muita criatividade, ele resolve construir um cinema dentro do seu quarto. Cine

Dete e Deía

Sinopse: Déia e sua irmã Dete, descobrem uma antiga tradição da família: enterrar os umbigos de todos ali nascidos. Juntas, investigam a chácara onde passam as férias, procurando pelo chão a história que escutaram.

Jogando Juntos

Sinopse: Em uma comunidade carente, João, um garoto de origem humilde, enfrenta seu primeiro dia em uma nova escola. Vestindo roupas simples e sem um smartphone, ele se sente deslocado entre os colegas que ostentam roupas novas e estão vidrados em suas telas. Porém, João encontra uma bola de futebol em um campo de terra abandonado pelos alunos. Enquanto faz embaixadinhas, ele chama a atenção de uma garota da escola, mas a conexão é interrompida quando seu celular recebe uma notificação. Um acidente com a bola leva a um encontro inesperado entre João e a garota, resultando na queda do celular dela. Diante da raiva da garota e das risadas das outras crianças, João age com gentileza, com um gesto de desculpas e estendendo a mão para ajudá-la. Eles começam a brincar juntos com a bola, e algo mágico acontece. A diversão deles inspira gradualmente todas as outras crianças a deixarem seus smartphones de lado e se unirem à brincadeira. "Jogando Juntos" é uma história emocionante que celebra a simplicidade das brincadeiras ao ar livre, a gentileza e a capacidade de conectar-se com os outros quando nos desconectamos das telas. Neste conto cativante, João ensina a todos uma lição valiosa sobre a verdadeira alegria da amizade e da diversão compartilhada.

Nina, a Menina que Vive Muito

Sinopse Um álbum antigo e desbotado de fotografia é aberto, e no interior várias fotos pequenas e em preto e branco são mostradas. Da distância que a visão está, é possível ver uma mancha colorida de azul, laranja e verde vibrando e passando de foto em foto, deixando para trás um rastro de cores vibrantes. Ao aproximar a visão, é possível ver Niña, uma menina animada que não cansava e não parava, sempre interagindo com todo ambiente, objeto e pessoas das fotos em preto e branco. Abraçava a perna de um numa foto, dançava em outra, pegava um doce da mesa de aniversário de mais outra foto, soprava a vela de outra, pulava na piscina em uma fotografia e aparecia na praia, mergulhava novamente e voltava para piscina. Andava por todo ambiente, no interior de casa, na rua em frente da porta, indo à igreja, festas e carnavais. A medida que saía, era possível notar as cores que ficavam, como se fosse uma memória vivida e que marca. E assim ela vai vivendo intensamente, atenta aos detalhes de cada memória fotografada, que são muitas. Tantas que podemos ver a transformação de fotografias antigas em preto e branco da década de 40 até a década de 70, passando pelas fotos com o tom sépia do final dos anos 70 e dos anos 80, chegando nas fotografias físicas coloridas e nas digitais. Niña vivia muito e amava viver interagindo com as memórias. Porém, quando foi tentar interagir com uma foto digital, subitamente o chão em que ela estava movimenta, ela desequilibra e cai, perdendo uma cor que coloria ela mesma. Niña acha estranho, mas tenta interagir novamente com uma foto digital, e novamente a foto passa e ela cai, perdendo mais uma cor, Niña cada vez ficava mais sem cor. Ao se levantar olha a foto em que está e nem reconhece as pessoas e o ambiente, e a foto passa, ela cai, passa outra, e outra e outra e Niña, já sem cor começa a escorregar pela timeline caótica e cheia de informação descendo cada vez mais rápida. Até que ela cai novamente em uma foto antiga do álbum antigo e se olha e percebe que está colorida de novo e novamente nas suas memórias, pronta para serem vividas.

Número Errado

Apenas os pais de SILVIA/MAURÍCIO prestigiavam seu aniversário de 14 anos naquela noite. No alvoroço para cantar parabéns, a conturbada dinâmica familiar se revela e SILVIA/MAURÍCIO não esconde sua tristeza pelo momento que simboliza seu nascimento. O jovem é presenteado pelo seus pais com uma camisa de futebol, contudo, sem muita empolgação, revela a eles que é “o número errado”. Anos depois, SILVIA/MAURÍCIO leva uma vida monótona e sem grandes emoções: janta lentamente, sozinho, em mais um aniversário. Uma carta atravessa por de baixo da porta. SILVIA/MAURÍCIO inclina-se com dificuldade para pegá-la, vê que está endereçada à Silvia e atira a carta no lixo. De volta à mesa, janta em silêncio em sua cozinha fria. O telefone toca, o papagaio se assusta e SILVIA/MAURÍCIO procura por toda casa – o telefone para de tocar e desiste da busca. À mesa, SILVIA/MAURÍCIO leva a colher à boca e o telefone volta a tocar. SILVIA/MAURÍCIO abre a geladeira e pega o telefone. Percebe que a ligação é para uma mulher chamada Silvia. Educadamente, informa ao operador de telemarketing que eles têm o número errado. O operador insiste, mas reitera o engano, após uma checagem de dados, SILVIA/MAURÍCIO se irrita e desliga. O telefone não para de tocar e cartas não param de entrar pela porta durante a madrugada. SILVIA/MAURÍCIO, após muito estresse e cansaço, se levanta da cama e atende à ligação aos gritos e joga o telefone contra a parede. Forma-se uma rachadura que emite uma fascinante luz cujo brilho invade o quarto e toma a curiosidade de SILVIA/MAURÍCIO que, desconcertado, encara seu reflexo no espelho. A campainha toca. SILVIA/MAURÍCIO se assusta e atende à porta com receio. Recebe uma caixa endereçada também à Silvia – olha para o lixo e coloca as correspondências junto da caixa em um canto de seu apartamento. A rachadura aumenta e a quantidade de luz também. SILVIA/MAURÍCIO se senta em frente ao seu notebook e começa a pesquisar pelo nome "Silvia", mas encontra centenas delas. A rachadura em sua parede continua a aumentar. Navega pelas fotos dessas diversas mulheres com crescente curiosidade. Em frustração, fecha a tela de seu notebook com raiva e enxerga ao fundo todas as correspondências endereçadas à Silvia. SILVIA/MAURÍCIO está no chão da sala, rodeado por cartas abertas e com a caixa em sua frente. Uma das cartas em sua mão é o anúncio de um produto de beleza. SILVIA/MAURÍCIO se teletransporta para dentro do contexto daquelas cartas/anúncios que o circundam ludicamente. Sua expressão não é mais de abatimento, mas de fascinação. Um espelho aparece em sua frente e vê seu reflexo junto da caixa. Abre a caixa, a luz aumenta, os o espelho e os anúncios somem – está em sua sala rodeado pelas cartas. A rachadura está ainda maior. SILVIA/MAURÍCIO se depara com um lindo vestido. Ele cuidadosamente pega o vestido e o abraça, sentindo uma ligação profunda e inexplicável com ele. As paredes do apartamento, que já estavam rachadas, finalmente se rompem, liberando um clarão brilhante que inunda a tela. SILVIA/MAURÍCIO, usando o vestido, está de costas em um ambiente inteiramente branco. O papagaio sobe em seu ombro. À sua frente, SILVIA/MAURÍCIO se vê mais jovem. O menino olha perdido, mas logo reconhece quem está em sua frente e sorri manifestando o mais sincero orgulho.

Por Isso Choramos Quando Nascemos

SINOPSE . O escuro começa a ganhar granulação em branco. Tais granulações vão se movimentando em onda. Ouve-se som aquoso e ruído branco. As granulações se organizam no centro, iluminados em formato triangular. No meio, uma pequena bolinha começa a crescer e se movimentar em torno do próprio eixo. Se desenvolve e se torna um pequeno BEBÊ em desenvolvimento. O BEBÊ se apresenta e revela sua conexão de sentidos com a mãe. Mostra que é um ser de consciência plena, que conhece tudo da história do planeta até aqui. Revela seus anseios e medos do futuro, demonstrando preocupação com o meio ambiente e com as pessoas. Comenta sobre desmatamento, intempéries climáticas, sistema político, capitalismo, desigualdade social e saúde mental. Em interlocução com a mãe, o BEBÊ fala sobre o momento do nascimento e como é um divisor de águas na vida humana originado de um desligamento de consciência. Mas mostra-se aberto a aprender a viver bem alinhado à natureza.
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