Segundo diversos organismos internacionais a Economia da Cultura é responsável por cerca de 8% da soma de todas as riquezas produzidas no mundo (PIB mundial) e vem sendo apontada como um dos setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável deste século. O conceito surge e ganha importância na década de 90 do século passado a partir da idéia de “indústrias criativas”.
No Brasil, considerando sua extensão territorial continental e concentração urbana em mais de 5 mil municípios, o tema da economiacriativa se vê confrontado com os princípios e orientações da “Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais” da Unesco e da Agenda 21 da Cultura.
O tema também se insere no advento em escala global da chamada “migração digital”, em um mundo cada vez mais conectado e de convergência tecnológica, sobretudo, envolvendo TV, telefonia móvel e Internet.
Neste contexto, experiências comprovam que o momento é extremamente favorável para iniciativas que promovam novos modelos de desenvolvimento sustentável a partir de um novo olhar para pequenas e médias cidades brasileiras, que combinem a expansão de políticas públicas e a indução de novas oportunidades econômicas para suas populações.
Respostas locais de Programas de Cultura e Desenvolvimento, sobretudo, aquelas que sejam capazes de se integrar a Educação e Comunicação, juventude e empreendedorismo econômico baseado em novas cadeias criativas e produtivas. Um programa que tenha impacto políticos, simbólicos e econômicos, referência na gestão de desenvolvimento humano sustentável através de criatividade local.
Uma cidade criativa.
Cataguases é detentora do maior acervo arquitetônico modernista do interior do país, tendo seu patrimônio tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A cidade é palco para o inicio da trajetória da obra de Humberto Mauro, considerada fundadora da cinematografia brasileira.
Sua riqueza cultural transcorre historicamente ao lado de sua economia, que desde 1905 é lastreada pela força da industria têxtil e da energia elétrica, grandes empregadores locais. Atualmente, alem de metalurgia, mecânica e comércio, a região tem grande impulso na mineração. Em especial, nos últimos 10 anos, surgem inúmeras iniciativas de responsabilidade cultural e social desenvolvidos por importantes instituições e empresas da cidade e região.
O projeto de “Pólo do Audiovisual, Animação e Mídias Digitais” de Cataguases, é fruto exatamente de ações orientadas por esse contexto mundial e nacional combinado com legado histórico, às iniciativas e potencialidades locais atuais presentes na cidade. Um projeto de “pólo” resultante de um Programa de Cultura e Desenvolvimento Local iniciado em 2003, que envolve inúmeras lideranças culturais, sociais e empresariais, de importantes instituições e empresas.
Desde então, destaca-se na cidade, a criação de um memorial da obra de Humberto Mauro, uma incubadora cultural que funciona como ambiente de formação e produção, três portais eletrônicos especializados, uma unidade móvel de cinema itinerante e dois festivais de cinema. Todas ações com articulação, intercâmbio e projeção nacional e internacional.
Mais de 500 pessoas foram capacitadas ao longo desses anos nas áreas técnicas de produção, gestão, jornalismo e patrimônio cultural, edição de vídeo e áudio, animação, captação de som e trilha sonora, fotografia, designer, programação web, dramaturgia, cenografia, figurino, platô, iluminação, elétrica e maquinaria.
Cataguases, com 70 mil habitantes e uma estrutura razoável de serviços urbanos e de logística de transportes, conta atualmente com sete importantes equipamentos culturais dentre cine-teatros, teatros de arena, centro de tradições, galerias de exposição e museus.
As quatro principais instituições locais, ligadas ao terceiro setor, mobilizam mais de cinco mil pessoas mensalmente, por meio de diversas ações de cultura, educação, esportes, meio ambiente, saúde e cidadania. Juntas geram cerca de 200 postos diretos de trabalhos.
Um pólo de cultura do século 21.
Nesse cenário é que nasce a proposta de um projeto estruturante que combinam conceitos de uma escola inovadora a novos modelos de incubadora e estúdios de produção, articulados a uma rede criativa e produtiva do audiovisual em âmbito nacional e internacional. Um centro de excelência internacional de criação de conteúdos audiovisuais, com foco estratégico de mercado para o público infanto-juvenil.
O projeto, em 2010, será desenvolvido por um Grupo de Trabalho formado por especialistas, educadores, produtores e gestores de áreas ligadas ao mercado, cultura, educação e novas tecnologias, com objetivo de elaborar o plano de implantação do “Pólo”, considerando dois eixos estratégicos: sustentabilidade e formação.
Eixo Sustentabilidade: O eixo definirá a territoriedade e a ambiente de sustentabilidade do “pólo”, identificando a rede de cooperação na esfera dos três setores (tríplice hélice: .gov+.com+.org), mobilizando os atores principais em âmbito local e global. A partir da pesquisa de vocações, mercado (oferta/demanda), cadeia produtiva, estudos de viabilidades e plano de negócios, o eixo irá identificar e refletir sobre modelos de escola, incubadora e produtora, sistemas de financiamento, de gestão e governança.
Eixo Formação: O eixo definirá os parâmetros conceituais, técnico e político-pedagógico do “pólo”, com vistas à qualificação e certificação técnico-profissional para a área audiovisual, observando especialmente: modelos pedagógicos de residências criativas presenciais, combinados as novas ferramentas tecnológicas de aprendizado à distância; e o intercâmbio com outros “pólos” de formação e redes de conhecimento, criação e produção audiovisual.
Ações Integradas. Paralelamente serão desenvolvidos planos locais de capacitação e comunicação, com acriação de uma agenda anual de palestras, cursos e oficinas técnicas de gestão e produção cultural, bem como, ações que amplifiquem a percepção do projeto pela comunidade local, com palestras de sensibilização, pesquisas e novas ações de divulgação e comunicação.
Essas ações serão garantidas, principalmente, por meio dos projetos locais da residência criativa da Fábrica do Futuro, do projeto Tela Viva e a realização da segunda edição do Festival de Ver e Fazer Filmes em Cataguases e região.
Outras iniciativas colaboram diretamente com o desenvolvimento do projeto do “pólo audiovisual”, com destaque para: um inédito diagnóstico do setor audiovisual no estado, realizado pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Sebrae e Fórum do Audiovisual de Minas Gerais; algumas produções cinematográficas se organizam para serem realizadas na cidade e região; por fim, uma “rede de pólos” se organizam em âmbito nacional.
Investimentos. Anualmente, estima-se em R$ 5 milhões o investimento médio de recursos de projetos e parcerias que já mobilizam a economia da cultura local. Esses recursos são captados por meio de seus agentes principais através de leis de incentivo fiscais, fundos públicos, produtos, serviços e recursos próprios.
Principais iniciativas:
– Inauguração do Centro Cultural Humberto Mauro (2002).
– Implantação do Instituto Cidade de Cataguases (2004).
– Realização da primeira edição do Festival CINEPORT (2005).
– Inauguração do “ponto de cultura” da Fábrica do Futuro (2005).
– Inauguração do Memorial Humberto Mauro em novembro (2006).
– Inauguração do Portal da Fábrica do Futuro e a Residência Criativa (2007).
– Realização da primeira edição da Rede Geração Digitaligada de Webvisão (2007).
– Realização do 1º Festival de Ver e Fazer Filmes (2008).
– Realização da primeira edição do Projeto Tela Viva (2009).
– Formação das redes de cooperação internacionais – REDECINEPORT e RAIA (2009).
– Lançamento do projeto do “pólo” no Fórum DiverCidades Criativas (2009).
Principais parceiros:
Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho – Energisa
Instituto Cidade de Cataguases – Fabrica do Futuro
Instituto Francisca de Souza Peixoto – Cia Industrial Cataguases
Instituto Votorantin – Cia Brasileira de Alumínio
Laboratório de Mídias – Universidade Federal de Minas Gerais
Secretaria de Estado da Cultura – Governo de Minas Gerais
Ministério da Cultura – Governo Federal
Sebrae
Vivo
Pólo Audiovisual
A economia da cultura e o desenvolvimento local.
Segundo diversos organismos internacionais a Economia da Cultura é responsável por cerca de 8% da soma de todas as riquezas produzidas no mundo (PIB mundial) e vem sendo apontada como um dos setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável deste século. O conceito surge e ganha importância na década de 90 do século passado a partir da idéia de “indústrias criativas”.
No Brasil, considerando sua extensão territorial continental e concentração urbana em mais de 5 mil municípios, o tema da economia criativa se vê confrontado com os princípios e orientações da “Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais” da Unesco e da Agenda 21 da Cultura.
O tema também se insere no advento em escala global da chamada “migração digital”, em um mundo cada vez mais conectado e de convergência tecnológica, sobretudo, envolvendo TV, telefonia móvel e Internet.
Neste contexto, experiências comprovam que o momento é extremamente favorável para iniciativas que promovam novos modelos de desenvolvimento sustentável a partir de um novo olhar para pequenas e médias cidades brasileiras, que combinem a expansão de políticas públicas e a indução de novas oportunidades econômicas para suas populações.
Respostas locais de Programas de Cultura e Desenvolvimento, sobretudo, aquelas que sejam capazes de se integrar a Educação e Comunicação, juventude e empreendedorismo econômico baseado em novas cadeias criativas e produtivas. Um programa que tenha impacto políticos, simbólicos e econômicos, referência na gestão de desenvolvimento humano sustentável através de criatividade local.
Uma cidade criativa.
Cataguases é detentora do maior acervo arquitetônico modernista do interior do país, tendo seu patrimônio tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A cidade é palco para o inicio da trajetória da obra de Humberto Mauro, considerada fundadora da cinematografia brasileira.
Sua riqueza cultural transcorre historicamente ao lado de sua economia, que desde 1905 é lastreada pela força da industria têxtil e da energia elétrica, grandes empregadores locais. Atualmente, alem de metalurgia, mecânica e comércio, a região tem grande impulso na mineração. Em especial, nos últimos 10 anos, surgem inúmeras iniciativas de responsabilidade cultural e social desenvolvidos por importantes instituições e empresas da cidade e região.
O projeto de “Pólo do Audiovisual, Animação e Mídias Digitais” de Cataguases, é fruto exatamente de ações orientadas por esse contexto mundial e nacional combinado com legado histórico, às iniciativas e potencialidades locais atuais presentes na cidade. Um projeto de “pólo” resultante de um Programa de Cultura e Desenvolvimento Local iniciado em 2003, que envolve inúmeras lideranças culturais, sociais e empresariais, de importantes instituições e empresas.
Desde então, destaca-se na cidade, a criação de um memorial da obra de Humberto Mauro, uma incubadora cultural que funciona como ambiente de formação e produção, três portais eletrônicos especializados, uma unidade móvel de cinema itinerante e dois festivais de cinema. Todas ações com articulação, intercâmbio e projeção nacional e internacional.
Mais de 500 pessoas foram capacitadas ao longo desses anos nas áreas técnicas de produção, gestão, jornalismo e patrimônio cultural, edição de vídeo e áudio, animação, captação de som e trilha sonora, fotografia, designer, programação web, dramaturgia, cenografia, figurino, platô, iluminação, elétrica e maquinaria.
Cataguases, com 70 mil habitantes e uma estrutura razoável de serviços urbanos e de logística de transportes, conta atualmente com sete importantes equipamentos culturais dentre cine-teatros, teatros de arena, centro de tradições, galerias de exposição e museus.
As quatro principais instituições locais, ligadas ao terceiro setor, mobilizam mais de cinco mil pessoas mensalmente, por meio de diversas ações de cultura, educação, esportes, meio ambiente, saúde e cidadania. Juntas geram cerca de 200 postos diretos de trabalhos.
Um pólo de cultura do século 21.
Nesse cenário é que nasce a proposta de um projeto estruturante que combinam conceitos de uma escola inovadora a novos modelos de incubadora e estúdios de produção, articulados a uma rede criativa e produtiva do audiovisual em âmbito nacional e internacional. Um centro de excelência internacional de criação de conteúdos audiovisuais, com foco estratégico de mercado para o público infanto-juvenil.
O projeto, em 2010, será desenvolvido por um Grupo de Trabalho formado por especialistas, educadores, produtores e gestores de áreas ligadas ao mercado, cultura, educação e novas tecnologias, com objetivo de elaborar o plano de implantação do “Pólo”, considerando dois eixos estratégicos: sustentabilidade e formação.
Eixo Sustentabilidade:
O eixo definirá a territoriedade e a ambiente de sustentabilidade do “pólo”, identificando a rede de cooperação na esfera dos três setores (tríplice hélice: .gov+.com+.org), mobilizando os atores principais em âmbito local e global. A partir da pesquisa de vocações, mercado (oferta/demanda), cadeia produtiva, estudos de viabilidades e plano de negócios, o eixo irá identificar e refletir sobre modelos de escola, incubadora e produtora, sistemas de financiamento, de gestão e governança.
Eixo Formação:
O eixo definirá os parâmetros conceituais, técnico e político-pedagógico do “pólo”, com vistas à qualificação e certificação técnico-profissional para a área audiovisual, observando especialmente: modelos pedagógicos de residências criativas presenciais, combinados as novas ferramentas tecnológicas de aprendizado à distância; e o intercâmbio com outros “pólos” de formação e redes de conhecimento, criação e produção audiovisual.
Ações Integradas.
Paralelamente serão desenvolvidos planos locais de capacitação e comunicação, com a criação de uma agenda anual de palestras, cursos e oficinas técnicas de gestão e produção cultural, bem como, ações que amplifiquem a percepção do projeto pela comunidade local, com palestras de sensibilização, pesquisas e novas ações de divulgação e comunicação.
Essas ações serão garantidas, principalmente, por meio dos projetos locais da residência criativa da Fábrica do Futuro, do projeto Tela Viva e a realização da segunda edição do Festival de Ver e Fazer Filmes em Cataguases e região.
Outras iniciativas colaboram diretamente com o desenvolvimento do projeto do “pólo audiovisual”, com destaque para: um inédito diagnóstico do setor audiovisual no estado, realizado pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Sebrae e Fórum do Audiovisual de Minas Gerais; algumas produções cinematográficas se organizam para serem realizadas na cidade e região; por fim, uma “rede de pólos” se organizam em âmbito nacional.
Investimentos.
Anualmente, estima-se em R$ 5 milhões o investimento médio de recursos de projetos e parcerias que já mobilizam a economia da cultura local. Esses recursos são captados por meio de seus agentes principais através de leis de incentivo fiscais, fundos públicos, produtos, serviços e recursos próprios.
Principais iniciativas:
– Inauguração do Centro Cultural Humberto Mauro (2002).
– Implantação do Instituto Cidade de Cataguases (2004).
– Realização da primeira edição do Festival CINEPORT (2005).
– Inauguração do “ponto de cultura” da Fábrica do Futuro (2005).
– Inauguração do Memorial Humberto Mauro em novembro (2006).
– Inauguração do Portal da Fábrica do Futuro e a Residência Criativa (2007).
– Realização da primeira edição da Rede Geração Digitaligada de Webvisão (2007).
– Realização do 1º Festival de Ver e Fazer Filmes (2008).
– Realização da primeira edição do Projeto Tela Viva (2009).
– Formação das redes de cooperação internacionais – REDECINEPORT e RAIA (2009).
– Lançamento do projeto do “pólo” no Fórum DiverCidades Criativas (2009).
Principais parceiros:
Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho – Energisa
Instituto Cidade de Cataguases – Fabrica do Futuro
Instituto Francisca de Souza Peixoto – Cia Industrial Cataguases
Instituto Votorantin – Cia Brasileira de Alumínio
Laboratório de Mídias – Universidade Federal de Minas Gerais
Secretaria de Estado da Cultura – Governo de Minas Gerais
Ministério da Cultura – Governo Federal
Sebrae
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